Feminismo? Sou contra!

Antes de tudo quero deixar claro aqui que sou contra qualquer dessas ideias que se baseiam em preconceitos morais, pelo simples fato de crer que a melhor forma de combater tal tipo de preconceito é ignorando-o. No caso específico do feminismo, acho ridícula essa linha de combate ao machismo. Por quê? Certo, critica-se os homens por acharem-se melhor que as mulheres, bem, as mulheres se mostram mesmo muito superiores usando o mesmo tipo de birra, não?
Não me refiro aqui apenas ao feminismo extremo de "Não preciso de homens", mas também aquelas ridículas atitudes em que se lê a legenda de "viu? sou tão boa quanto um cara qualquer". Essa é apenas mais uma daquelas coisas que justifico com aquela minha eterna teoria de que uma pessoa merece atenção quando tem personalidade. Definitivamente não acho que se comparar a homens, tentar superá-los e etc., seja personalidade, esta, pra mim, é estar feliz como se é, sem precisar comparar-se ou provar algo a alguém.
Uma das coisas mais ridículas que ouvi esse ano foi: "E daí se eu estiver usando ele? E se for só uma questão de sexo? Os homens não fazem a mesma coisa com nós? Então!". Tal foi-me dito com um sorriso de extrema satisfação consigo mesma. Aí eu me pergunto: Como isso é possível? Como é possível que uma criatura esteja satisfeita consigo por ter a mesma atitude que recrimina nos homens? Sim, grande parte dos homens (pra não dizer todos) em algum momento de sua vida (ou em todos) acha bonito sair pegando tudo que é mulher e não se comprometer com nenhuma. Beleza, cada um com seus problemas. Lamento, não vejo sentido nisso, portanto, acharia-me ridícula agindo do mesmo modo por uma mera vingancinha a raça masculina.
Mas o mais ridículo do feminismo é que tal se apega a uma ideia que, na prática, não existe mais (pelo menos não em quem merece atenção). Palavra de uma guria que foi altamente influenciada e muito conviveu com o lado masculino da família, homens são mais do que seres que acham que mulher só serve pra lavar a louça. Vá no bar mais próximo, pegue o "bêbado" mais próximo. Ele não está bebendo pra fazer pose de valentão, ele está bebendo porque tem um filho drogado e/ou inútil que pouco lhe dá atenção; pela esposa que não entende seus problemas e modo de pensar; pela namorada que estrou em surto porque ele quis ficar duas horas na frente da tv vendo futebol a leva-la ao shopping para namorar vitrines de roupa; pela garota que não lhe dá atenção por achá-lo um bêbado porque ele não nega uma saída com os amigos pra tomar uma(s) cerveja(s).
Isso aí, caras são sensíveis. Homens que valem a pena não tem atitudes machistas, mas isso não quer dizer que eles não bebam, vejam futebol ou sei lá o quê. Um me disse uma vez "Não é fácil um homem se apaixonar, mas quando se apaixona é pra valer". Ouvi isso entre um copo e outro de cerveja. Não, eu não bebo pra me provar igual a qualquer homem ou pra esquecer um amor frustrado, bebo por não ver nada de mais nisso. E aí começa meu ponto anti-feminismo: parar de rotular homens. Se ele bebe ou não, se ele fuma ou não, se ele gosta de futebol ou não está nem aí: isso não importa, nada disso dirá se ele tem tendência a te bater por ter lavado mal a louça.
Mas o principal é: sejam vocês! Sejam mulheres felizes, que se importam em se sentir bem, não destruir ou se comparar a um cara. Sejam felizes sendo como são antes de se preocupar com homens. Se o cara dos teus sonhos te largou, não adianta tu sair se jogando nos braços de qualquer um. Tu te ajudará mais admitindo que não existe cara dos sonhos e, especialmente, que tu pode ser feliz sozinha, um dia o cara certo aparece. Simples assim. É claro que eu sei que os homens não admitem seus sentimentos de forma tão tola quanto as mulheres, mas aí entra aquela simples questão: respeito. Respeite as manias e paranóias do cara que estiver ao teu lado até os limites com o respeito que ele te deve. Confie até que ele prove não merecer confiança. Veja antes um amigo do que um grande amor, afinal, disse alguém que devemos nos casar com quem gostemos de conversar.
Nada me chateia mais, como mulher, do que ver muitas por aí se deixando despedaçar e virar-se negativamente do avesso por um cara. Parem, minhas caras, de procurar um homem dos sonhos. Aceitem-se, conheçam-se, amem-se antes de tudo. Não menospreze todos os homens do planeta pela tolice de um, eles, e digo por experiência própria, podem ser melhores amigos do que muitas mulheres. Não, eles não alimentarão tuas conversas vaidosas, provavelmente, mas sim uma conversa banal que te fará muito mais bem do que qualquer outra.
Ficaria dias falando nisso, e aceito uma cerveja pra matar a sede durante um debate maior sobre o tema, mas acho que já disse o básico, se não fui clara, continuar esse texto não será vantagem; se fui, tudo já está explicado. Em resumo: não torne os homens seres do qual dependem tua felicidade, mas também não os veja como inimigos e sim como eles realmente são: seres humanos, viventes e errantes como tu, mulher.
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Depois de ter programado esse texto, fiquei com a impressão de que ele ficou um tanto confuso e, talvez, não muito lógico. Se isso é verdade ou não, vocês me dirão. Pensei em modificar, acrescentar e retirar coisas, mas isso não seria muito eficiente. O que quero realmente dizer é que a melhor forma de mostrar orgulho em ser o que se é é simplesmente ser, sem se importar com o resto. Quanto a questão mulher x homem, bem, assim como grande parte das mulheres gosta de gastar horas (e dinheiro) no shopping e conversar sobre moda, os homens gostam de cerveja de futebol e cerveja, qual é o problema disso? E, a maioria, não é sinônimo de todos. Enfim, também é importante lembrar que esta que vos escreve sofreu maior influência cultural e educacional de três homens, que se orgulhariam, por uma razão ou outra, em encontrá-la em uma bodega, jogando baralho, bebendo cerveja e discutindo futebol.

17 comentários:

Érica Ferro disse...

Tinha lido esse texto no sábado, porque sou metida mesmo. Porém, reli-o e listei os seguintes pontos:

1° Comparar-se a outra pessoa para provar para si mesmo que é capaz de uma determinada coisa é bobagem, e das grandes.
2° "Como é possível que uma criatura esteja satisfeita consigo por ter a mesma atitude que recrimina nos homens?" > Totalmente ilógico, com certeza. Detestável até.
3° "...homens são mais do que seres que acham que mulher só serve pra lavar a louça." > Isso pode ser até possível, mas uma boa parte que acha que somos objetos sexuais e máquinas de fazer tarefas domésticas. Uma boa parte MESMO.
4°"...Ele não está bebendo pra fazer pose de valentão, ele está bebendo porque tem um filho drogado e/ou inútil que pouco lhe dá atenção..." > Muitos bebem porque são covardes e não querem enfrentar a realidade do seu cotidiano, não querem ao menos tentar solucionar os problemas familiares, porque não conseguem e não fazem o mínimo de esforço pra tentar entender os seus filhos e sua esposa, que fica em casa como uma babaca enquanto ele enche a cara e flerta com outras. E pra finalizar, quando chega em casa, completamente bêbado, bate na mulher e nos filhos.
5° "...pela garota que não lhe dá atenção por achá-lo um bêbado porque ele não nega uma saída com os amigos pra tomar uma(s) cerveja(s)." > Sou do tipo que não vê razão em ficar horas e horas olhando vitrines em uma loja, mas quando se ama, é preciso tentar entender as necessidades do outro. A mulher precisa entender que homem gosta de ver religiosamente ao seu futebol e tomar a sua cervejinha. Por que não tentar compartilhar desse momento com ele? E o homem, por que não tentar entender o que as mulheres veem de tão interessante em vitrines e lojas mil? O lance é tentar entender outro, tentar respeitar as necessidades do outro e tentar fazer parte de tudo isso, porque amar também é isso.
6° É imbecilidade rotular qualquer pessoa. Eis aí parte do mal da humanidade.
7° "...Se o cara dos teus sonhos te largou, não adianta tu sair se jogando nos braços de qualquer um." > Pura verdade. Não é assim que se esquece ou se cura um amor frustrado.
8° "...Veja antes um amigo do que um grande amor, afinal, disse alguém que devemos nos casar com quem gostemos de conversar." > Povo, pare desse negócio de querer só sexo, sexo e sexo! *risos*
9° "...Não menospreze todos os homens do planeta pela tolice de um, eles, e digo por experiência própria, podem ser melhores amigos do que muitas mulheres." Né? Homens podem ser bons amigos, podem ter um papo legal, ainda que o assunto seja banal. Quantas coisas a gente aprende em conversas despretensiosas? Tantas!
10° "...não torne os homens seres do qual dependem tua felicidade, mas também não os veja como inimigos e sim como eles realmente são: seres humanos, viventes e errantes como tu, mulher." > Fechou bem!


Belo texto!
Bela discussão!

Ah, e me perdoe pelo comentário gigantesco, mas não me contive.

Ana Seerig disse...

Claro, Ferro, tem os bêbados e imprestáveis, mas aí vai da mulher criar vergonha e dar um chute no cara. Ficar se prendendo a um ser desses é tosquice.

Érica Ferro disse...

Sem dúvida! Além de ser tosquice, é falta de amor-próprio.

Allyne Araújo disse...

Uau! que discussão! daí q caiu em gênero, alteridade, identidade, costumes e por ultimo psicologia?!
É complicado entender os homens, assim como é complicado entendermos nós mulheres, se vc pegar a a História vai perceber q o tempo todo estas se submeteram a eles, e hj quando conseguem finalmente chegar em um patamar de "igualdade", em boa parte dos casos, fazem as mesmas coisas q os homens fazem, coisas q como vc diz, elas (nós) acham (os) horríveis neles.
Como a Erica disse, o que se precisa é que tantos homens como mulheres criem-se uma identidade-diversidade-dialogo=Alteridade, q é quando nos dar a opção de vermos uns aos outros como realmente somos e nos respeitarmos por isso, sem tentar colocar nossa visão centrada no eu como a certa. Aprender a enxergar os detalhes. E dai a gente ver como é complicado esta questão.
(Cara, Ana! tu trouxe um montes de pontos para a discussão!)Tentar se comparar ao outro apenas tras belos arranhões no ego e sofrimento em outras partes. E ta homens sao fascinantes, nao é a toa q boa partes dos meus melhores amigos sao dessa "classe", mas assim como nós mulheres erramos em alguns pontos, eles tambem eram, e isso é um fato. Fato q compõe dialogos a perder de vista.
Ótimo texto, ótima discussão! mas eu volto depois pra terminar meu raciocínio (é muita informação pra pouco tempo de almoço) beijoooo

Tita disse...

Como bem disse a Allyne, " é muita informação...". Então li o post e depois fui trabalhar, mas pensando no assunto. Não sou contra o feminismo. Esse movimento foi fundamental para lutar pelos direitos da mulher. Lembremos q há tempos atrás as mulheres não podiam trabalhar sem autorização do pai ou marido, não podiam votar... em alguns países isso ainda é uma realidade e mesmo no Brasil muitas mulheres sofrem exploração sexual e outras formas de agressão à dignidade. O fato de muitas mulheres subverterem esses direitos, agindo da mesma forma que criticavam nos homens, não tira a validade da conquista dessa liberdade. É a liberdade para acertar ou errar.
Dizem que as mulheres agora estão seguras de si pq estão agindo como homens. Não concordo com isso. Acho q essas mulheres estão perdidas e inseguras. Tudo que querem é um homem q as ame, mas têm medo de admitir isso, então seguem a política de magoar antes de serem magoadas. A estrutura social atual está formando mulheres com couraças e homens fracos demais para rompê-las. Alguns homens não estão sabendo se fortalecer com as dificuldades. Os homens sempre tiveram dificuldades para superar as barreiras emocionais, mas tinham uma situação "segura" em que as mulheres eram submissas e não questionavam suas atitudes. Elas tinham q aceitar os seus erros. Hoje vejo homens fracos e que aceitam essa fraqueza, não se fortalecem com as adversidades, preferem fazer o papel de "coitadinhos" para que a mulher, tão forte que está, tenha pena de machucar ele e o proteja. Infelizes as que caem no papo do "coitadinho", pq vai ter sempre um homem sem coragem para assumir nada na vida. As mulheres pensam que o amor delas vai mudar o homem, mas ele nunca muda. Vai ficar sempre se fazendo de coitadinho para justificar todos os seus erros. Muitas mulheres chegam a sustentar financeiramente esses coitadinhos, enquanto eles caem na fraqueza do álcool, drogas, depressão e dali a pouco ela vai descobrir q ele até está traindo ela pq, afinal de contas, ele "não é forte como ela". Sempre fugi dos "coitadinhos", q parecem tão românticos e sensíveis. Mas vi e vejo todos os dias mulheres caindo nessa armadilha, do carinha tão inteligente, romântico, sensível e que bebe pq sofre, pq é maltratado pelas mulheres malvadas, pq é incompreendido pela sociedade...
Existem muitas outras coisas q se pode dizer sobre o assunto, mas acredito q, independente de gênero, as pessoas tem q aprender a se fortalecer emocionalmente. As pessoas estão sendo criadas numa redoma de vidro, evitando qualquer sofrimento, esquecendo q é importante o sofrimento para amadurecermos. Afinal, não são os problemas que nos fazem infelizes, mas sim a maneira como lidamos com esses problemas. É fundamental a pessoa saber QUEM É, para saber o que quer para si. Essa segurança vai permitir que ela viva um amor ou somente um momento de prazer sem precisar magoar um outro ser humano.
E, apesar das cicatrizes... continuar saltando no escuro!

Ana Seerig disse...

Tita, claro que no sentido histórico o femisnismo é admirável. Mas me referia mesmo aos dias atuais. Como disse ali em cima pra Erica, esse negócio de mulheres ficarem aguentando esses "homens coitadinhos", como tu disse, é tolice. Mas aí então entra justamente essa questão de mulheres inseguras e coisa e tal. Talvez tu tenha razão nesse ponto, mas o que me indigna tremendamente é essa comodidade e falta de tentativa de mudar. Não é só um problema das mulheres, mas da sociedade em geral. Somos todos muito acomodados e não paramos pra questionar certas coisas e tentar mudar.

Tita disse...

Ah, amiga, mas justamente as mulheres seguras são as potenciais protetoras dos "coitadinhos". Claro que podemos também falar das mulheres que assumem papel de "coitadinha", que deixam o homem tomar todas as decisões e fazer tudo por elas. Dali um tempo elas não sabem mais nem trocar uma lâmpada, se anulam e "emburrecem". E continuam em casamentos fracassados pq não tem coragem de assumir novamente suas próprias vidas. Ou talvez por isso mesmo seus casamentos fracassem, pq baseiam a relação numa chantagem emocional em q o parceiro será visto como vilão se abandonar uma pessoa tão frágil e que entregou a vida dela nas mãos dele.
Concordo plenamente contigo quando critica a comodidade e falta de tentativa de mudar.
As pessoas acham q precisam ser iguais aos outros. Pensar ou falar coisas diferentes do q a maioria pode ser visto como algo estranho e não seria aceita pelos outros. Falta honestidade consigo mesmo. E coragem e capacidade de defender esse ponto de vista diferente. Por isso a gente nota como as pessoas que costumam ler são mais questionadoras. A leitura permite conhecer outros pontos de vista, estruturar nossas crenças e articular argumentos para defendê-las. Mas também nos torna flexíveis para mudar de idéia, afinal a única coisa definitiva nessa vida é a MUDANÇA!

Ana Seerig disse...

E aí então? Não poderemos chegar a nenhuma conclusão, levando em conta que temos clareza de nossas ideias e, quem deveria mudar, não o faz. Isso é uma coisa que me chateia tremendamente: as pessoas não quererem mudar.

"Afinal, a única coisa definitiva nessa vida é a MUDANÇA!"

Disse tudo, não há o que dizer.

Tita disse...

Mas é exatamente para balançar as estruturas do comodismo q existem pessoas provocativas como vc! Talvez vc não veja os resultados, mas não deixe de largar tuas sementes! A demora nas mudanças q vc provoca talvez não corresponda à urgência q vc desejaria. Mas analise em vc mesma, q certas coisas que aprendeu só passaram a ser vivenciadas anos depois.
Eu te entendo pq eu tb tinha essa angústia da urgência. Levei mais de 15 anos para aprender a esperar e até mesmo a não criar expectativas.
Claro q como boa taurina eu sou leeeeenta rsrsrs

Luna Sanchez disse...

Não aguento e tenho que meter meu bedelho : o Feminismo sempre me pareceu algo caricato, Ana, coisa de mulher despeitada e mal amada. O exemplo que tu deu da tal pinta que disse que estava "usando" um homem por vingança é prova disso. Qualquer pessoa que age da mesma forma que recrimina nos atos de outra, seja em nome do idealismo que for, está desajustada na questão.

Minha humilde opinião : não tenho interesse em disputar nada com os homens, sou diferente deles e quero ser respeitada e atendida nas minhas diferenças.

Queimar sutiã em praça pública não me faz a cabeça.

Ótimo texto, muito claro e lúcido.

Beijocas.

Mari disse...

Sinceramente, Ana, eu acho que o que as mulheres defendem hoje, não é feminismo. Feminismo não é isso. Quando àquelas mulheres queimaram os sutiãs em praça pública, reivindicavam direitos que elas não tinham. Lutavam contra opressões, reprovações, negações. Lutavam para serem respeitadas, tanto quanto os homens eram. Problemas reais, pediam medidas drásticas como a delas. Mas hoje, o que nós mulheres não temos? Nem adianta dizer que é um salário mais baixo, uma contida liberdade, por que isso não é uma verdade absoluta. Tem muita mulher que ganha mais que homem, sim, e falta de liberdade, há, é brincadeira, né? Eu não sei o que essas mulheres querem. Elas não reivindicam direitos, pois direitos nós temos. Elas não querem respeito, pois respeito nós temos. E se muitas delas não o tem, é por ''mérito'' próprio. Elas não querem nada, só fazer alvoroço e chamar atenção. Se igualar aos homens no que eles têm de pior? Isso não é feminismo, é burrice. E não sei se tu já percebeu, mas a bandeira que elas ostentam é basicamente (ou somente) a da liberdade sexual. Querem sair trepando geral e não serem taxadas de prostitutas. Disfarçam isso de feminismo e saem gritando por aí um monte de merda. Mas peraí, ninguém tá te impedindo de dar pra *cem homens em um ano*, pode dar. Qual o problema? Mas tatuar na testa e expor a vida sexual pra quem quiser ver, me desculpe, mas é demais. Depois ficam dando piti, se revoltam quando são chamadas de putas, alegam (erroneamente) que são feministas e saem atirando contra os homens. E o que é que eles têm a ver com isso? A repressão foi há um milhão de anos atrás, hoje não existe isso. Mulher que não tá satisfeita com homem, pega os filhos e vai embora. Hoje homem nenhum desrespeita, humilha, aterroriza a mulher se ela não permitir. Salvo algumas exceções lamentáveis (por motivos que não cabe a nós julgarmos), em pleno século 21, mulheres são livre pra fazerem o que bem entendem, sem a necessidade de expor suas vidas e/ou hastearem bandeiras extremistas.

Ótimo texto, Ana! Muito boa essa discussão.

P.S.: O blog de vocês é muito bom, mas posso fazer uma críticazinha? Entendam como crítica boa, por favor. A fonte e a cor da letra que vocês usam, dá dor de cabeça. Principalmente se o texto for longo. Se isso for uma percepção só minha, ignorem. Mas se não, seria legal vocês trocarem a cor do plano de fundo, a fonte e a cor da letra. Valeu ;)

Unknown disse...

O problema não é o feminismo, que foi um movimento importante e nos trouxe o direito de exigir respeito e espaço na sociedade, mas o uso que fazem deles hoje, muitas mulheres. Se pensarmos bem, de alguma forma, continuamos enxergando o homem como um ser superior, na medida em que buscamos "fazer igual eles". Concordo demais com todo mundo aí em cima que disse que é uma idiotice fazer algo apenas por vingança ou para se comparar a outro, independente do gênero.
Gosto de ser mulher. Gosto das minha diferenças. Admiro os homens. Gosto de várias características masculinas e adoto as que me convêm. Acho que as diferenças, e antes de tudo, o respeito a elas ainda deve ser melhor trabalhado tanto pelos homens quanto pelas mulheres para que possamos nos relacionar melhor.

Adorei a discussão!

:)

Jéssica Costa disse...

Olha só, como que vc pode dizer que a melhor forma de se acabar com o preconceito é ignorando ele, então quer dizer que para que a Ku Klux Klang pare de matar afrodescendentes africanos a gente tenque fingir que ela não existe? Negar um problema não acaba com ele.
Outra coisa, não é uma questão de ter as mesmas atitudes dos homens que nos desprezamos, é uma questão de se perguntar quem foi que disse que essas são atitudes masculinas e só eles podem te-lâs, por acaso existe um cromossomo que condicione as mulheres a uma posição social diferente dos homems? Essa concepção de naturalizar uma coisa que é social, é muito senso comum, e é assim que se justificam os preconceitos, é assim que nascem as idéias de que lugar de mulher é na cozinha, ou que os homens são mais inteligentes.
O feminismo é um movimento que acima de tudo luta para que a posição da mulher não seja subjugada perante o homem, defende que as posições sociais sejam igualitárias, é claro que extremismos não fazem bem a nenhuma teoria.
Sugiro que você leia O segundo Sexo, um livro de uma filósofa francesa Chamada Simone de Beuvoir, leia apenas o capítulo 1 e o 2 pelo menos, pq para criticar vc deve conhecer, e tenho certeza que vc vai rever alguns conceitos de senso comum que carrega, Michel Perrot é uma boa autora tbm se vc se interessar. Atenciosamente Jéssica

Ana Seerig disse...

Jéssica,

Sim, eu sei que essa de ignorar preconceitos não pode ser aplicada quando tal é realizado de forma violenta. Falo de, quando a questão é oral ou subentendida, não se deixar enlouquecer por tal e, se possível, se afastar do ser ou lugar em que ocorreu. Falo de saber ao que dar atenção.

Quanto ao feminismo em si, como disse em resposta a algum outro comentário, sei que na questão histórica ele teve seu valor. Me refiro aos dias atuais, em que não há mais razões realmente fortes pra que esse tipo de movimento exista, pelo menos de maneira extremada. Estamos em um mundo bastante consciente, em que, em teoria, todos sabem que são iguais. EM TEORIA. Obviamente tem quem não caiba nesse quesito. Mas aí vem uma questão simples de personalidade, saber o seu lugar e se merece ou não o que dizem sobre sua pessoa.

Mulher que se deixa subjugar pelo homem é realmente burra e, um movimento de mulheres que sabem não se deixar abater por isso, não vai fazer a criatura mudar de atitude. Muda quem quer, com força de vontade própria e coisa e tal. Vai de parar, pensar e perceber que os homens não são melhores e que ela tem valor e deve andar com pessoas que saibam reconhecê-lo, não menosprezá-lo.

Não me leve como uma tola que apenas tá arrumando motivo pra discutir. Posso não ter lido mil escritores que falam sobre isso, mas observo as pessoas que me cercam e, creio, isso me dá uma visão tão boa e talvez mais clara do que muitos livros, já que eles me exporiam ideias prontas. Enfim, não leve a mal o post ou a minha pessoa, é apenas um ponto de vista, exposto com a intenção de fazer, quem nunca fez isso, parar e pensar no assunto.

Jéssica Costa disse...

Ana, até concordo em tese com alguns pontos que levantaste, porém não acredito que o feminismo seja um movimento que já resolveu todos os problemas das mulheres no presente, é claro que em nosso meio social o machismo se esconde atraz de piadinhas e brincadeiras, porém não devemos esquecer as milhares de mulheres que são espancadas todos os dias por seus companheiros que acham que teem direito de fazer isso por elas serem subordinadas a eles, as questões de machismo ainda não foram resolvidas e o motivo que muitas feministas taxadas de chatas reclamam tanto por brincadeiras feitas é que por essa brincadeiras, as vezes acaba-se por legitimar as atitudes mais extremadas contra as mulheres, como a violência sexual ou a doméstica.
Ana, não sei se vc soube da marcha das vadias, bom esse movimento começou no Canada pq uma aluna universitária foi estuprada e o policial disse que a culpa era dela, por que ela se vestia de forma a provocar os homens (com um shot), como se os homens tivessem o direito de fazer tal coisa, quando uma feminista se revolta por brincadeirinhas pequenas ela quer que se enchergue o tamanho da injustiça, para que essa mentalidade não se espalhe e não acabe por validar atitudes como a do policial.
Mas enfim repeito a sua opinião, apenas indiquei os livros pq acredito que seria bom conhecer a opinião de quem originou e acredita no movimento, é lógico que são as opiniões das autoras e a partir dai cada um, assim como eu, tira as próprias conclusões.
Att Jéssica

Ana Seerig disse...

Jéssica,

É, talvez eu tenha um pensamento utópico, pois ignoro essas barbaridades que ocorrem por aí. Acho que meu problema é não acreditar em conceitos, sou da prática. Ou seja, faria parte de um protesto como esse que tu citou, mas não me diria "feminista". Acho que nos conceituarmos, por vezes nos limita.
Ideias como desse policial que tu citou me mostra ainda que nós, pessoas, somos mais ignorantes do que eu tento acreditar que somos. Mas e aí? Me dizer feminista fará com que esses seres passem a usar seu cérebro? Acho que não. E isso é um troço que me desanima, não poder mudar o que eu gostaria de mudar, e talvez por isso fuja de movimentos, porque eles dificilmente mudam quem precisa mudar. Prefiro usar meus espaços, seja na blogosfera ou em uma mesa de bar, pra questionar certas questões na esperança de que as pessoas parem e pensem.
Entendo que tu se baseie nos textos que lê, mas muitas pessoas se escondem atrás desses textos sem, por vezes, entendê-los realmente.

Sophia Bassi disse...

Nossa, sou grata pelo fato de ter mulheres que sào contra a esse movimento. A pior coisa do mundo é ouvir :"se não fosse pelo feminismo, você não estaria aqui!". Somos mais do que um simples ódio de sexos, não? Seria idiotice chamar toda mulher que é contra ao feminismo de submissa e contra aos direitos da mulher. Pfff! Ridículo!
Hoje em dia, mulher submissa?? Me poupe! Ganhamos tantas coisas e direitos que nossas avós não tinham... E ainda nem estão satisfeitas. Uma fminista disse a mim que "lutavam também pelo direito de não gostar de rosa".... Sandice total :/