Quando eu era criança as duas
coisas que eu mais queria eram: virar a noite acordada e ver o sol nascer. Sim,
isso é até hoje algo pelo qual eu não canso de esperar, pelo simples fato de a
noite ser uma criatura que esconde em cada canto uma realidade mágica. Não
mentir sobre o fato de admirar e caçar estrelas até tarde. Acho que pelo o
resto da vida eu ‘nunca deixarei’ de ser uma idealizadora.
Há músicas e rádios que só aprendi
a ouvir a noite, inspirações e textos que só me sopram aos ouvidos naquele
exato momento em que um pé esta nas nuvens e outro em nebulosas de um azul
incomum, como uma criança que teima em desvendar segredos de tempo atrás.
Aquela sensação de que todos
dormem, as ruas em silencio absoluto e apenas o barulho longe de rádio, ou até
mesmo gatos que correm pelos telhados a quebram a monotonia em que as luzes
reinam em total solidão. Fazem com que eu me sinta apenas mais uma peça... Outro
detalhe: Eu sempre tive inveja dos gatos, pois são serem que são naturalmente
livres, independentes e amantes totais da mais negra escuridão, além de não
carregarem consigo nenhum sentimento de culpa.
À noite nos trás algo como “o não
esperar nada”, como sentir que as coisas demoram mais à medida que nada
acontece, e a brisa noturna é como consolo ao sono que não vêm. Você pondera os
pros e os contras de amanhecer com olheiras no dia seguinte, como se carregasse
o gosto da noite que passou, e dançar pela calçada festejando o astro sol que,
nos dar a impressão de que, acaba de nascer só para nós. E ver a vida recomeçar
com todo o ritmo frenético outra vez... Pronto, eu ganhei o dia! Ops... À
noite.
P.s: Embora eu goste muito da
noite, eu tenho medo do escuro. É meio que trauma, mas nada que luzes não
resolvam. Minha irmã adora esse fato! E ta ai algo pelo qual, acho que só a Ana
sabia, eu adoro Norah Jones! E grande parte de músicas de Jazz.
*Sunrise/Norah Jones
Boa semana pra vcs!
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