"Eu te amo"

“Eu te amo” são três palavras carregadas de um sentimento tão profundo que jamais deveriam ser pronunciadas somente com a intenção de agradar. Quando não existe a certeza de algo o melhor a se fazer é refletir, porque dói muito mais quando escutarmos estas palavras e enxergamos que na prática nada é verdade.
Em minha visão, o amor não é algo moldado para ser 100% perfeito, pronto e acabado. Mas sim algo que deve ser semeado, que precisa de tempo, e depois ser colhido, ao passo do “dar e receber”. Reciprocidade é a chave, por exemplo, você pode se sentir amada com uma rosa, mas não tão amada quando a “recompensa” é um carro ou outro objeto qualquer, no plano das superficialidades.
Acho que amor está nos gestos, nas atitudes, no ato de se preocupar, e, sobretudo, no coração. Quando você ama, verdadeiramente, quer que o mundo seja dele (a) e seu, mas sem esquecer-se dos demais. Acreditar que o amor é cego tem lá seu fundo de verdade, mas a partir do momento em que essa “cegueira” lhe impede de enxergar a fundo a pessoa por quem você se enamorou, é sinal de que tem algo de errado. Logo se o mesmo é recíproco e além de explicações, o que deve haver é honestidade de ambas as partes, embora a verdade não agrade sempre.
Nada é eterno e dura para sempre. Eu mudo, você muda, a realidade ao redor muda, tudo se transforma. O importante não é querer que tudo seja detalhadamente e imutavelmente perfeito, mas sim ter e fazer momentos únicos. O romantismo não é só ter grudentismos e apelos infernais, mas sim querer proporcionar um algo além disso e tornar as coisas especiais.
Existem muitas outras palavras e expressões que justifiquem o “Eros”, a “Luxuria” e a “Frescura”, mas para o amor só existem três, e elas, a meu ver, devem ser ditas com pelo menos 75% de certeza. Mas ponderamos, é muito difícil manter isso em mente quando gostamos de alguém.

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2 comentários:

Érica Ferro disse...

"Em minha visão, o amor não é algo moldado para ser 100% perfeito, pronto e acabado. Mas sim algo que deve ser semeado, que precisa de tempo, e depois ser colhido, ao passo do “dar e receber”."

Tão bonita e sincera a sua visão sobre o amor, Allyne. Adorei esse texto, de verdade!
Arrasou! \õ/

Unknown disse...

Ultimamente é assim, mal pessoa se conhece já "ama", isto é de uma irresponsabilidade muito grande quando um dos envolvidos realmente se importa, visto que o "eu te amo" se banalizou de tal forma que invadiu as redes sociais com tudo.
É como uma frase que li no twitter: Hoje é muito mais fácil acreditar num "vai se foder" do que num "eu te amo".
Fazia tempo não passava por aqui.