Alguns dos que me conhecem apenas virtualmente (ok, acabo de lembrar de uma pessoa que me conhece em carne e osso) se surpreendem ao saber que meu segundo nome é Paula. Estão todos tão acostumados com Ana Seerig que nem pararam pra pensar no meu segundo nome. Porque sim, salvo a Ana Terra, toda Ana tem um segundo nome, ou 90% delas.
A tendência natural quando descobrem que sou mais uma Ana Paula desse mundo, é acharem que eu não gosto do Paula. Cá estou pra desmentir isso. Gosto sim. Adorava aquela minha professora que me chamava só de Paula. Uma vez ou outra, até de Paulinha me chamaram. Como é que eu não ia gostar da parte do meu nome que tem uma justificativa pra ter sido escolhido?
De modo resumido, meu pai, depois que entrou em desavença com a minha mãe sobre a grafia de Érica, nome que ele queria porque queria me dar, resolveu homenagear a avó (alemoa legítima) dele, ainda viva (ela morreu com 104 anos - e eu acho lindo dizer isso), que se chamava Paula. Mas ele não queria que eu fosse homônima dela, pra evitar confusões futuras, portanto não poderia ser só Paula Seerig (vou trocar meu nome virtual pra Paula Seerig e enlouquecer uns por aí...). O fato que meu pai ignorou é que a vó dele se chamava Paula Lehman Seerig, ou seja, eu não seria homônima dela, mas continuemos. Aí, então, faltava um segundo nome. Meu pai propôs Maria Paula. Minha madrinha bateu o pé e disse que não, era um nome muito sem graça. (Reparem que nesse momento eu já tinha nascido e tava sem nome, já que Érica, como tava na porta do quarto, foi censurado.) Papo vai, papo vem, acabei Ana Paula Seerig, a terceira da família (isso aí, tenho duas homônimas um pouco mais velhas que eu, primas em sabe-se lá que grau, mas enfim, o temor do meu pai não se aplicou ao Ana Paula).
Mas aí tu me pergunta: se tu gosta do Paula, por que só usa o Ana? Porque eu detesto o Ana Paula. Gosto do Ana, gosto do Paula, não gosto do Ana Paula. Aliás, eu não detesto e não desgosto, é simplesmente uma associação que meu cérebro faz que tem por consequência um salto meu toda vez que escuto me chamarem de Ana Paula. Explico. Sempre, sempre fui chamada por apelidos, até hoje sou. Os que não me chamavam por apelido, me chamavam de Ana. O Ana Paula só aparecia quando eu aprontava alguma e queriam me xingar. E, como eu aprontava umas e outras, ouvi umas quantas vezes o Ana Paula. Aí, me chame de Ana Paula e eu fico de sobreaviso pronta a lançar desculpas esfarrapadas e negar qualquer coisa pela qual esteja sendo acusada.
Aí tu pensa e pergunta: E na escola? Bom, os mais chegados sempre me chamaram de Ana, mas pela teima dos professores de fazerem a chamada dizendo "Ana Paula" em vez de simplesmente "Ana", era automático as pessoas me conhecerem por Ana Paula. Lembro que na 8ª série, disse pros guris, que a cada dez palavras que me diziam, duas delas eram "Ana" "Paula", que me chamassem só de Ana. Eles tentaram, mas não deu certo...
- Me empresta o caderno, Ana (silêncio de "está faltando alguma coisa")... Paula?
Não insisti e nem pedi mais pra ninguém tentar perder esse hábito. Lembro que no magistério a Sandri (esse é o sobrenome), uma amiga minha, disse: "Só eu que não te chamo só de Ana, né? Mas é que eu não sei, parece que fica incompleto, que tá faltando alguma coisa...". Ou seja, minha vida escolar quase que me habituou a ouvir o "Ana Paula", mas ainda há um sobressalto que escapa ao meu controle...
Então, na hora de fazer o blog, pra evitar que aqui também fosse pego o costume do Ana Paula, usei só o Ana... Se bem que, admito, agora questiono se não teria sido mais interessante usar só o Paula... Eu trocaria se isso não fosse enlouquecer uma dúzia de pessoas... Alguém apoia a troca?
7 comentários:
Meu nome é composto também e no blog eu uso meu segundo nome para me identificar, o Cristina. Porque gosto mais dele, gosto que me chamem de Cris. Mas também gosto do primeiro e aí uma parte do mundo me chama por um e outra por outro... rs
Beijocas
Não sabia que teu nome era Ana até o vídeo em que tu explicou como pronunciar seu nome - e tu ainda desdenha dos teus vídeos, olha aí.
E sempre achei que fosse só Ana Seerig seu nome mesmo, meu pai por exemplo, era só "José" e ponto. Sempre achei isso bem possível, e até preferia que meu nome fosse assim também. Nome composto, pra que?? Evelyne ok. Joyce ok. Mas "Evelyne Joyce" - com dois "Y", nos dois nomes - é MUITO ESTRANHO. :@
Ah, e tá muito lindo teu nome assim como tá. Muda pra Paula não..... apesar de que eu goste de "Ana Paula" (antes de ti, conheci mais duas, bem legais também) na internet você já é Ana Seerig até o fim dos tempos, adianta mais não.
Ana Paula... olha, não me apetece. É que as Ana's Paula's que eu conheci não eram muito legais não. Vou manter só o Ana, mas com certeza seria engraçado você usar o Paula e deixar um monte de gente doida! Eu iria dar muita risada ! oaksaoksaoskaoksa
Adorei o texto. :P
Beeijos.
Tenho varias amigas Ana's Paula's, mas há só uma que nós chamamos até hj pelo nome completo e isso já tem uns 18 anos! agora a Ana da facul, por exemplo, é chamada de "Paulinha" desde o ensino médio.. Se tu usar o Paula vai dar um nó na cabeça de todo mundo! Que tal virar "Natasha"? rsrsrsrrssss.. ai ia ficar otimo!!!!!!!! Brincadeiras a parte, teu nome, se for pra ser usado corretamente, só presta composto.
Hahaha...
Eu já sabia que tu chamava Ana Paula, pois em uma das cartas que me mandaste o remetente veio assim...
Agora...
Meu nome não é composto, mas surpreenda-se ou não...
Me chamo Rebeca Postigo da Silva...
Odeio o "da Silva"...
Motivo esse que na blogosfera não o adotei...
Se pudesse realmente excluiria o silva da minha vida...
Mas num dá...
Então convivo com ele...
Não troque seu nome...
Vai deixar todos loucos por aqui...
Huahauhau...
Adorei o texto!!!
Bjs!!!
Você é uma graça Seerig, invocada toda até com questões de nome, se eu fosse tua professora de apertava, te amava, te dava umas mordidas pq vc devia se uma garotinha alemoa fofa!!! \o/ Enfim, teu pai fugiu do homônimo, mas acabou ficando seis por meia duzia, no mais o importante é que teu nome é lindo!!!
Na última carta que te mandei, coloquei o "Ana Paula Seerig". Não sei se eu já tinha mandado cartas com o Paula, acho que já, não tenho certeza, sei que coloquei dessa vez. Não sei, eu não me acostumo a te chamar de Ana Paula, muito menos de Paulinha. Você não tem cara de Paula, e de Paulinha então? Vixe! Aí é que não tem mesmo. Paulinha é um apelido muito meigo, só dá pra chamar assim uma menina fresca, cheia de "me deixes". Você é a Ana, ou a Seerig. Ou a Ana Seerig. Bem melhor assim. E se alguém quiser se afrescalhar pro teu lado, até rola um "Aninha". Mas não tem jeito de eu ter ver como Paula.
E, sério, que o teu nome seria Érica (acho que já lembro disso, você me contou sobre essa história do seu nome uma vez, se eu não me engano)? O meu ia ser Patrícia. Já imaginou o povo me chamando de Patricinha? Vixe, que desgosto! hahahaha
Post legal, PAULINHA! hahahaha
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