Valsando triste;

Hungry Ghosts

Depois de olhadelas desgostosas para o chão tornou a ver a própria sombra ganhar vida. Um sorriso infeliz lhe tomou interiormente e lembrou-se dos tempos em que uma toada resumiria seus sentimentos. Naquele momento, pensou “sou esse valsar triste, veja, vento...”. Cerrando os olhos e a passadas inibidas pelo medo imaginou-se tomada por aquela harmonia melodiosa e tétrica, num breve segundo, contaminada pelo pulsar das ondas agudas e diminutas. A dor pujante rugiu no peito e uma lágrima silenciosa banhou lhe a face. Anoitecia e as estrelas cintilavam presenciando aquela cena muda e solitária.

2 comentários:

Allyne Araújo disse...

com uma trilha sonora dessas, jesus! ficou lindo! adorei... Da a impressão de que estamos vendo a cena mesmo.. bjoooooooo

Rebeca Postigo disse...

Indescritível!!!
Adorei o conto...
Vivenciei cada cena...

Bjs!!!