A Bella e a Rainha Má*


Lá estava eu, com os meus lindos oito anos de idade, desfrutando de uma bela noite em família no parque de diversões. E ela, a criança mais chata do mundo com dois anos de idade, louca pelo meu balão de ar marrom. E nossa mãe gritando para que eu desse meu querido brinquedo a minha queridinha irmã mais nova... Pausa – Se vocês acham que eu entreguei meu mais novo divertimento de bom grado para ela esta longe de me conhecer.

Enquanto meu irmão do meio pedia pipoca, eu me aproveitei e virei para ela com toda a minha raiva no olhar (Desde criança eu já tinha esse poder! RÁ!) e lhe disse entre os dentes: “Você quer? Então compra!” E pisei com toda a minha força no balão. (Vingativa eu? Só um pouquinho...).

Minha mãe ao retornar e ver o que estava acontecendo (Sim, ela olhava de uma para a outra, eu com a cara mais lavada e minha irmã aos prantos) disse com todas as letras “Allyne, você é ruim!”. Eu só lhe disse, “Eu avisei mãe. Por que ela tem que gostar de tudo que eu gosto?”.

Nós crescemos, e nem pense que nossas brigas acabaram. Sim, a gente não cai mais no ‘tapa’ como antes. Que isso? Somos civilizadas! Mas há dias que se eu pudesse... Há, se eu pudesse! Pôr minhas delicadas mãos em você, mesmo sabendo que ia ter volta..

A novidade atual dela é dizer “meu trabalho é caçar conversa com você”. Verdade a arte dela é essa: Infernizar-me! Como diz meu irmão “A Allycia não existe”... Até colocar fotos horríveis minha pela internet ela já fez, oh my God!!! Mas a verdade seja dita, apesar de todas as nossas diferenças e confrontos, nós duas nos amamos, não há o que negar. E isso é fato.

Eu vivi minha infância com ela e meu irmão, nos três juntos aprendendo que era com a gente que nós sempre poderíamos contar. E mesmo com a chegada do nosso irmão mais novo isso não mudou. Porém, amor de família não é algo que já nasce pronto, e sim que é construído a base de brigas, conquistas e realizações. E isto que é o bom.

Enquanto nós fomos crescendo eu via ela se tornando uma linda garota e ótima pessoa, diferentemente do que eu pensava antes: Eu achava que ela não tinha coração! E hoje ela é a minha melhor amiga, a pessoa mais sincera que eu já conheci e a que sempre ‘saca’ o que eu estou sentindo... Sim dona Allycia, pode soltar foguetes por ai. (Arrancou de mim esta confissão).

Ela cresceu sob vestidos, maquiagem e mimos da minha mãe. Já eu cresci sob os cuidados do meu pai, jogando futebol, sinuca e andando de bicicleta. Enquanto ela aprendia a dançar eu, juntamente com o meu irmão, brincava de policia e ladrão. Ela ganhava bijuterias e eu lanternas e armas brancas. Ela sabe quase todos os guias de moda, e eu o que fazer numa situação de perigo ou acampamento. Ela é leão, já eu escorpião.

Tá certo, somos diferentes, e até parece que nossa criação não foi à mesma, entretanto nós tivemos as mesmas coisas, o mesmo amor e carinho, a questão é: Nossos jogos de interesse são diferentes. Porém: Não dispensamos um bom filme de guerra antiga, de preferência Greco-romana, ou ação/aventura em geral. Ela é a ‘mulherona’, leitora n°1 daqui de casa e eu a moleca com ar de intelectual sem limites da família. Pode uma coisa dessas?!

P.s: Não sei o porque resolvi falar da minha irmã por aqui hoje, sendo que este não é o meu blog pessoal, mas estava sem assunto. Então, caso não gostem disso, peço desculpas e prometo que volto com algo melhor na semana que vem.. Se cuidem e até lá! Bjos!!!!

 *Personagem favoritos nossos.

1 comentários:

Dayane Pereira disse...

Que tudo esse texto! Sua irmã deve ficar super orgulhosa de ti!
É assim mesmo, como aaqui em casa.. as diferenças são o que nos une.
Deixa eu adivinhar.. a sua é a Rainha má, certo??