Relacionamentos ioiô

Entrando na vibe “Relacionamentos Fracassados” e “Segunda chance”, respectivamente escritos por Ana Seerig e Ivan Martins, falo sobre aquele velho e famoso: relacionamento ioiô, uma hora está na mão, outra no chão. E vai dizer que não é assim? Não, não tenho experiência com relacionamentos duradouros e sei que não é nada fácil manter um. E aí você me pergunta “e baseada em que você se argumenta?”, simples, no que vejo e presencio com alguns casais. Ou diria “casais”? Esse é mais um daqueles textos que têm função única e exclusivamente de meter o bedelho na ferida alheia e a nos fazer refletir sobre os conceitos atuais do que são constituídos os relacionamentos amorosos.

Afinal, de quantas idas e vindas são feitas um namoro? Presumo que para um relacionamento normal uma briga que realmente leve o casal a se separar por um tempo e a repensar se vale a pena seguir adiante, é totalmente razoável. E se porventura isso não ocorreu necessariamente em seu relacionamento, parabéns. No “papel” tudo é bonitinho e fofinho, cada um fará sua parte e seremos o par ideal, mas na vida real convenhamos, vai existir em algum momento e espaço do tempo uma briga avassaladora comprometendo tudo aquilo que você construiu com o (a) seu (a) parceiro (a). E o inevitável rompimento acontecerá para bem ou para o mal. É hora de pensar, balançar, analisar e, por fim, se decidir se vale a pena seguirem em frente juntos ou não. Pronto, isso para mim é segunda chance.

Agora caso aconteça uma segunda chance pela terceira vez, deixa de ser segunda chance. Senão seria chamada de “terceira chance”, e a quarta de “quarta chance” e assim sucessivamente. Será que alguém compreende meu raciocínio e o quanto isso fica pedante? Eu, na minha humilde e sincera opinião, acredito que brigas também fazem parte de um relacionamento saudável, mas não a todo tempo e transformando tudo numa grande D.R.. Penso que quanto mais você argumenta os términos alegando uma briga (e aqui não entra o tópico traição, ok, bonitos?) mais evidencia as diferenças e que as mesmas nunca serão respeitadas por ambos. Isso só prova o quão imaturos são – como muitos transformando pequenos problemas cotidianos em grandiosos e aproveitam o momento para blasfemar e jogar ditas verdades um contra o outro. A verdade? Vocês não funcionam juntos e não estão dispostos a mudar isso a cada ida e volta.

No final das contas, acho que esses casais se acostumaram com a montanha russa de sentimentos e até gostam do calor da reconciliação. Mas quando se tornam inúmeras vezes esse “vai, não vai; fica ou não fica”, cansa. Fico imaginando o desgaste emocional que é para os envolvidos e só me resta considerar que estão condenados à dependência um do outro junto à infelicidade conjugal. Ou na maior parte das vezes, só têm medo de não conseguirem achar outras pessoas que lhe façam sentir o maldito amor.

E ainda vão ter loucos querendo se casar para “tornar/ provar verdadeiro o vínculo” achando que isso pode salvar vidas, ou ainda gerando uma criança que não tem nada a ver com os problemas deles para tentar uni-los mais. Meu povo, o que vocês têm na cabeça? Respondam-me, por favor. São casos que eu gosto de assistir de camarote para ver quais serão as cenas dos próximos capítulos, sabe.

E daí que eu não tenho paciência para viver dessa maneira, “de gato e rato”. Porque, às vezes, a desculpa de que “mas eu gosto dele (a)” não é nada. Um relacionamento é construído de muitos outros pilares que algumas pessoas, infelizmente, só vão aprender com o tempo. Talvez, gostar de si e em respeito a si próprio seja melhor colocar um basta em relacionamentos como esses que só nos magoam e nos ferem. Porque se as diferenças são maiores que a cumplicidade e a amizade, ele de nada vai lhe acrescentar. É difícil seguir sozinho (a) depois de tantos vai-e-vens, mas a gente supera. Acredite!

2 comentários:

Ana Seerig disse...

E-XA-TA-MEN-TE, Babs!

Eu também nunca tive um relacionamento sério/duradouro. Acho que é por isso: porque temos clareza do que é um relacionamento, da questão de respeito e conforto com o outro, e, quando percebemos que com tal cara não encontraremos o que queremos/esperamos, cortamos a coisa toda.

Aí tu olha pro lado, e vê aquelas criaturas trocando de namorado toda hora ou anos com o mesmo se sujeitando a estupidez e brigas tolas, sem contar naqueles que nem sabem mais porque estão juntos.

E aí tu falou na questão de filhos. Belo ponto. Me lembra o seguinte: o que leva uma mulher a querer segurar uma relação com uma gravidez? Que relação vai ser essa? Sim, ainda existe esse golpe da barriga, o que me faz perder a esperança na evolução mental e social das pessoas.

Putz, pra quem só queria dizer "E-XA-TA-MEN-TE", falei demais, não? Adorei, Babs!

Rebeca Postigo disse...

Wow!!!
Li e assino embaixo...
Babs, tu disse exatamente o que penso sobre relacionamentos, aliás, já vinha acompanhando os textos da Ana e a minha posição é a mesma da de vocês...
Relacionamento não é brincadeira...
Puts!!!
Babs, amei!!!

Bjs!!!