Ser poeta

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
é condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!


*

Florbela é sentimento à flor da pele, e eu aprecio muito isso em um escritor. Identifico-me com poetas que retratam emoções profundas sem nenhum resguardo; poetas que não têm o mínimo receio de parecerem exagerados a ponto de serem considerados lunáticos. Gosto de gente que escreve com a alma e coração. Florbela é assim: encantadoramente impetuosa.
(...)
Um abraço da @ericona.
Até dia 30/06.

2 comentários:

Iza disse...

Lindo poema... não conhecia essa poeta. Realmente um belo post!
Beijos <3

! Marcelo Cândido ! disse...

Para quem escreve e poetaa é isso e mais que uma homenagem
!!!