É o amoooor!!!! Espera ai, é o amor mesmo?!


Há uma coisa que me deixa meio inquieta quando o assunto é letra músical, mesmo aceitando que existem as feitas para se pensar e as de uso simplesmente comercial. A composta para se pensar quase sempre não tem tanta saída quanto as que são compostas para curtição (ninguém que sai para a balada espera ouvir Zé Ramalho, ao som de funk ou dance, assim como quem sai para se apaixonar ao som de voz e violão ouvir Psy acústico – Mas estes são casos que acontecem), e terminam por se restringirem a uma determinada parcela da população, já que também não emplacam nas rádios pop’s atuais, o que não acontece no segundo caso, pois estas se tornam facilmente mídia de massa, por terem termos fácies de pronunciar, melodia contagiante, e quando o tema não é o amor, é o de pura pegação. E nós, brasileiros, não podemos negar que, querendo ou não, o pezinho mexe ou a cabeça dói quando são ouvidos os primeiros acordes de “Ai se eu te pego”, “Ex-mail Love”, e “Camaro amarelo”, bem como os números da conta bancaria de gravadoras e artistas que dançam ao som de vários milhões em consumação de mídia.

Embora eu ache a letra de “Esse cara sou eu” muito romântica não consigo aceita-la como o sucesso mais top do Rei nos últimos 20 anos. Dizem por aí que há tempos ele não vendia tanto quanto agora, e que a grande sacada é esta música. Mas eu a vejo como um cicletinho (desculpa Roberto, fãs e todo o pessoal, mas eu tenho que dizer) fácil de grudar e enjoar, por isso, receio que daqui a um ano as pessoas não queiram mais ouvi-la justamente por isto, e apenas a taxem como “música do último verão”. Mas Roberto é Roberto, e sempre tem cartas nas mangas para nos enlouquecer, então não chego a me preocupar com isto.

Entretanto, o que me inquieta é o fato de apenas sonhar que todas as composições são gerais, ou seja, não sigam sentimento e sim técnica. Como? É fácil, logo que uma música extremante romântica explode na mídia, as pessoas correm para dizer que fulano A ou B estava muito apaixonado quando escreveu e arranjou tal música, mas ai que ta... Às vezes isso é só técnica para vender, e marketing para popularizar o artista e etc. e tal. Então, o que era inquietação se transformar em duvida cruel: Será que todas as composições musicais estão sujeitas as superficialidades dos sentimentos? Ou é apenas uma mera interpretação ruim?

Boa semana pra vcs!!

2 comentários:

Cris Medeiros disse...

Eu acho essa música do Roberto muito muito chata. Mas eu não sou uma romântica, então vai ver que é por isso... rs

Beijocas

Allyne Araújo disse...

Nao é porque vc não é romantica, é porque algo nela é enjoado mesmo, Dama das Cinzas.