Você não faz ideia de que tem uma
vida movimentada até ouvir pessoas que lhe digam isso, ou que tentem lhe provar
o contrário, e, de todo modo, você sempre achará que eles estão tentando
fantasiar coisas que não existem, ou que não funcionam exatamente assim. Normalmente,
o olhar do outro sob nós é uma incógnita peculiar e interessante, remendada de
contradições, em que sempre existirão coisas a acrescentar e descartar. Porém,
é quando você realmente se olha no espelho, e passa a enxergar seus pontos
fortes e fracos que você começa a perceber quem realmente é.
Dizem os mais velhos, que desde
pequena eu tenho aptidão para viver no mundo da lua. Isso porque minha fama de
sonhar alto nunca me abandonou, mas às vezes tento pensar que não é exatamente
isto que me define, porque só de sonhos ninguém vive, e também a impaciência é
uma amiga que não me deixa se contentar somente com isto. Entretanto, lembro de
uma vez que meu irmão do meio e eu inventamos de cavar buracos no quintal de
casa, só para ver se chegaríamos até o Japão.
Mas esta história de abrir
buracos pelo chão é só uma das muitas ideias, por vezes idiotas, das quais
desenvolvemos ao longo da infância. Neste caso, o Japão representava a paixão
infantil que eu tinha por a cultura diferente e por vezes enigmática, muitas
vezes percebida pela TV, para com este país, entretanto, isto jamais seria
possível deste modo, cavando buracos. Contudo, é a imaginação a chave para
quase todas as coisas. “O mundo da lua” também não é algo desprezado por minha
parte, pois até hoje este continua sendo um dos meus focos de fuga para
situações estressantes... E posso afirmar que isto é uma das melhores terapias
já inventadas, e que confirmam a teoria das pessoas sobre mim.
Para falar a verdade, eu já quis
ser astronauta, engenheira (em todos os segmentos que esta perpassa), e por fim
arquiteta, para não mencionar as inúmeras profissões que já passaram pela minha
cabeça, mas nenhuma delas é comparada a curtir o meu hobby favorito, que é
fazer aventura, pois se tem uma coisa que eu gosto é curtir os momentos que
tenho a mão, sem desperdiçar muito tempo pensando se isso é bom ou ruim.
Antes eu achava que as intensas e
verdadeiras aventuras eram aquelas que a gente vai para o circuito de MotoCross
e por lá segue avançando os obstáculos, ou então aquelas viagens que se fazem
para fora do país, ou parques temáticos, entre outros aonde só compensam se
estiver presente meio mundo de pessoas, ligadas na mesma sintonia e se
divertido com a mesma disposição. Mas com o tempo aprendi que isto não é tudo,
porque às vezes essas coisas podem se tornar chatas e angustiantes pelo simples
fato de que as pessoas não pensam iguais, assim como também não compartilham da
mesma energia, e é besteira se forçar e forçar os demais a estas situações.
Quer saber? Para mim a aventura
perfeita é aquela que você mesmo perpassa sozinho, que traz e proporciona coisas
boas e ruins, que nem sempre nos dão prazer, mas que deixam marcas e
aprendizados importantes, sejam estes imediatos ou a longo prazo, que são
basicamente definidas como necessárias ou inúteis, conforme você achar melhor,
porque primeiro elas ganham vida em nossas mentes para depois terminarem de
nascer na estrada, e a estrada nem sempre é do tamanho que queremos, ou do
jeito que os outros imaginam que sejam. Ela tanto é criada, como imposta, mas
cabe a você desenvolvê-la.
O fato de uma vida parecer movimentada
ou inerte envolve diversos fatores, mas nenhum deles é melhor ou pior do que
chegar ao final do dia, muitas vezes sob o pôr do sol com a sensação de que
vale apena viver, e acho que isto basta, porque se não bastar pelo menos faz
valer. E se é isto que caracteriza minha vida como movimenta, então digo que
esta é.
P.s: Aonde eu morro, no fim do
mundo a direita, qualquer coisa fora do comum ganha ares de coisa do outro
mundo. Então não se assustem com isso acima, sem contar que diversão também
varia muito de pessoa pra pessoa, e de região pra região. Tenham uma boa
semana!!!
Dedicado para: Alline Silva, Erica Ferro. (Elas vão saber porque.. rs).
Dedicado para: Alline Silva, Erica Ferro. (Elas vão saber porque.. rs).
*Imagem da Internet/Tumblr.
2 comentários:
Ei, Nine, eu e meus irmãos também cavamos um buraco assim, bem fundo. rsrs
Aventura hoje é sair de casa pra fazer algo que me desafie, não precisa nem ser radical, mas que me force a sair da zona de acomodação. Ah, como isso é bom!!!
Beijo, beijo! Tem aventura pra nós onde? :)
rsrsrsrsr.... isso é tão bom Li!
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