Ela é uma criatura forte, destemida e com sonhos e metas bem
delimitadas. Porém, faltam-lhe duas coisas na vida: foco e determinação. Coisas
que ela busca sempre, mas não as encontra. Não porque ela seja negligente com
seus sonhos e metas, mas porque ela nasceu meio azarada, meio destinada ao "quase
ser". Quase alcançar suas metas. Quase realizar seus sonhos. Quase ser
feliz.
E, quem a conhece (ou acha que conhece), acha que falta-lhe,
deliberadamente, vontade, força e determinação. E a pressionam com críticas
ferozes contínuas, o que só prejudica a mente já instável da pobre moça. Ela
aceita críticas, acha-as justas e positivas. O que a desestabiliza é a
continuidade dessas críticas, porque essa repetição faz um mal indizível ao seu
espírito. É como se ninguém visse que ela tenta, à seu modo, alcançar o estado
determinado e focado. Mas sempre, sempre, sempre algo dá errado, e então...
Ela sente-se perdida, tristonha e com uma vontade imensa de
abandonar o barco da vida.
Ela chega a conclusão de que ninguém a entende e que não
vale a pena retrucar as críticas, então engole o choro e segue em frente, se
sentindo mais desgraçada do que nunca.
Psicologia reversa não funciona com essa moça. Aliás, tal
processo seria induzi-la, paulatinamente, ao suicídio.
Ela, por natureza, é forte, mas as pressões externas
travestidas de bons conselhos, ou até mesmo críticas duras e cruas, a
enfraquecem e a desconcertam. Ela precisa é de uma mão para segurar, não de
dedos acusadores em sua direção.
Ela só quer ser feliz, sentir-se bem.
Será que um dia a moça consegue?
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Um abraço da @ericona.
Hasta!
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