Que ler é um bom negocio todo
mundo sabe, mas, ler em série você sabe como é bom?
Atualmente é difícil encontrar
crianças e jovens que nunca tenham ouvido falar em “As Crônicas de Nárnia”, “O
Senhor dos Anéis”, “Hush Hush” entre outras coleções espalhadas por ai, até
porque muitas delas já ganharam adaptações para o cinema ou séries de tv e são sucessos
de vendas editoriais. Entretanto, não é somente sobre o grande sucesso de vendas
e público que eu quero falar, mas também sobre uma questão que para a
literatura e o senso crítico é importante: se isto é bom ou ruim, no sentido de
saber que tipo de conhecimento isto nos traz.
Como sabemos, vivemos em uma
sociedade em que faz de tudo para transformar qualquer coisa em mercado. E dado
ao cenário capitalista de crises financeiras e existências as editoras vem cada
vez mais apostando nos ramos de comédia, fugas da realidade e da auto ajuda, pois
ao contrário do cinema e tv o livro é o jeito mais adaptável, sob o meu ponto
de vista, de ser ler em qualquer lugar, uma vez que ele não requer de pilhas e
nem baterias para ser utilizado e pode ser transportado para qualquer lugar, em
mochilas e bolsos de roupas, por exemplo, entretanto, vale destacar que eu não estou
menosprezando as atuais tecnologias que, vamos falar sério, facilitam e muito
nossas vidas.
O que podemos ver é que no
cinema, a literatura ganhou um aliado de peso, na medida em que este contribui
para a difusão dos títulos e o enredo, quase fiel, as estórias contadas nos
livros, e ambos “forçam” seus leitores e expectadores a procurarem as fontes em
busca de respostas para o que está além do vídeo e palavras escritas, assim
como o cinema e a tv tem na literatura a sua fonte de explicação e continuação.
E esse é o saber que vale a pena ser explorado.
Às vezes numa simples pesquisa no
Google sobre fanfctions de terminadas estórias cinematográficas é possível encontrar
fãs que escrevem com tanta propriedade de detalhes e enredo que facilmente você
se deixa envolver muito mais por elas do que pela própria obra original, sem,
contudo deixar de apreciar ambas ao mesmo tempo. O que eu enxergo nisso como
uma forma de abordar, sob um novo olhar, um produto que poderia ter
possibilidades aprofundadas, entre outros. Mas claro né gente, tem algumas estórias
derivadas por ai que são verdadeiras porcarias.
Uma coisa que há muito se discute
é o fato de que no Brasil as pessoas leem muito pouco em relação aos países
mais desenvolvidos, entretanto já parou para pensar que não existe somente a
leitura fixa a livro, mas que também existem as leituras de mundo e fílmicas,
por exemplo. E que na nossa realidade brasileira há muitos filmes bons que
abrem oportunidades para muita, mais muita mesmo, interpretação. Sem contar, que
o fato de não ler pode esta ligado a condições financeiras e acesso, bem como a
falta de letramento das classes envolvidas. Então.
Mais importante do que apostar na
questão cinematográfica e literária é apostar em ambas juntamente com a
educação em modo geral, pois desta forma o significado e febre por tantas coleções
e aventuras ganha interpretações foras de série, de modo a transformar o leitor
em crítico daquilo que ele ouve e ver, e faz com que o mesmo se enxergue nos
enredos sentindo-se a vontade para falar a respeito e quem sabe escrever suas próprias
estórias por ai, como vemos muito em blogs e nas redes de relacionamento
espalhadas na web. Mas claro, que essa não é, e nunca será, a extraordinária solução.
P.s: Beijos meus amores e bom
dezembro!
*Imagem do site: www.c2com.up.pt
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