"Eu tenho a força, sou invencível"....




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Você já notou que existem certas diferenças entre os desenhos animados americanos e os animes orientais que envolvem normalmente ideologia, forças e abordagem espirituosas, sem contar outros detalhes pertinentes?
(E agora vamos todos embarcar em mais um devaneio de “Ninelee ou Lynelee”, como preferirem).
Para mim os desenhos americanos geralmente trabalham a temática de fazer algo de bom pelos outros, algo meio simultâneo que nem sempre está ligado a sérias mudanças de fato, o ato de agir está mais ligado, a meu ver, ao pensar primeiro em si mesmo e depois partir para a ação. A questão independência também aparece muito neste cenário, vários dos super heróis americanos preferem trabalhar sozinhos, tirando algumas exceções, como uma forma ideológica de engrandecer o espírito cultural “absoluto” de que eu dou conta de tudo, pode deixar, que ironicamente nunca morre ou os abandona.
Ao contrário dos ocidentais, os animes estão mais ligados as questões tradicionais daquela sociedade, como o sentido mais contemplativo e artístico, muito voltado à concentração, ou algo parecido. Assistir um anime principalmente japonês é mergulhar numa historia em que a busca pelo bem nasce ainda de dentro, como uma espécie de consciência humanitária, porém de duas faces. Corre bem ligada a eles a filosofia do bem e do mal constante, e grandes frases de cunho filosófico.
Desenhos americanos buscam justiça e cadeia, como uma forma de punição que perpassa pela limpeza social. Já os animes, na maioria das vezes, partem para a violência, e não raro a morte dos inimigos. Os americanos tem tendência a só escolherem heróis e heroínas adultos, quando não muito adolescente como é o caso do Super shock e dos Teen Titãs, muitas vezes ricos ou de classe média alta a respeito do Batman e do Arqueiro Verde, e porque não citar os de origem divinas, químicas e mutações genéticas? Deixa isso para depois. É até irônico que muitos desenhos não citam Deus como uma possível solução, se bem que em desenho isso seria bem mais complicado, mas lá estão os salvadores para fazer toda esta função, isto é outro assunto que não é o ideal neste momento. Ahh! A coisa de dominar o mundo é quase unânime, enquanto que no anime isto se resume a quem é o mais forte.
Animes já trazem crianças, velhos, adultos e etc. nisto eles são bem diversos. Geralmente trabalham arduamente mais com a mente do que propriamente o corpo em si, e se desdobram em técnicas de meditação e autocontrole. A força aqui não vem de poderes sobre-humanos, mas do poder concentrado em sim através de energia interna, um bom exemplo disso está no Dragon Ball e Naruto, ou será que você pensou que Ki e Xacra eram coisa do além? Tá, siga sonhado.
Diferenças a parte, os desenhos animados fascinam uma legião de gente que não engloba só crianças e adolescente, mas quase todas as pessoas (quem contar que nunca se pegou assistindo um tá mentindo!), misturam ficção e realidade, e que querendo ou não vários valores estão implícitos ou explicitamente presentes em meio a suas tramas, mas este assunto, para seu desapontamento ou alegria não será encerrado em uma única postagem.

To be Continue...
*He man - Trem da Alegria.
Imagem do site: Oiwo.com

7 comentários:

Pandora disse...

Adoro desenho animado, amei o post poucas vezes vejo fora do circuito dos blogs realmente dedicados a isso postagens a respeito, as vezes faço no meu, mas confesso que os meus colegas de blogosfera não se animam muito a comentar e claro que nem por isso eu deixo de escrever rsrs

Enfim, concordo com sua analise, os hérois americanos são praticamente um panteão divino, eles são os deuses, por isso não há necessidade de invocar o nome do Deus judaico-cristão, pq eles são as divindade, essa semana eu estava vendo o Quarteto Fantastico e essa fala estava na boca de um personagem. Ou seja, são perfeitos, morais, fortes, vitoriosos, parecem ter saido do próprio Olimpo.

Os Japoneses são um tanto quanto diferentes, embora também eles coloquem todo um discurso politico e ideologico na boca dos seus personagens. Eles não precisam ser PERFEITOS, eles precisam apenas se superar descobrir a força dentro deles que vem com insistencia, treino e constancia. O próprio Goku era o sayajin mais fraco no começo, mas se descobre forte a partir do momento que não se deixa vencer que mesmo quando perde insiste. Naruto é o perdedor que não consegue fazer nada direito no começo, mas se supera sempre, eu amo Naruto, choro feito criança com ele desde o primeiro episódio.

Enfim... Espero a continuação!

Luna Sanchez disse...

Muito bem observado, Nine. Talvez por isso os desenhos japoneses tenham fãs mais, digamos, fiéis.

Beijos, flor.

Anônimo disse...

A temática do post é muito interessante. Eu, quarentão, atrevo-me a citar dois clássicos da animação japonesa que imperava durante minha infância e adolescência: "Fantomas" e "A Princesa e o Cavaleiro". O primeiro, a própria antítese do herói, talvez um fenômeno bem à frente de seu tempo. O segundo, com enredo capaz de entreter não apenas às crianças, mas também os "grandinhos". Enfim, talvez seja pouco provável que os leitores das "Gurias" conheçam algum deles. Se pintou alguma curiosidade, acredito que valha a pena dar uma garimpada na Internet. Abraços e obrigado pela chance de participar deste blog muito, muito bom...

Nise disse...

Gostei muito do seu Post. Algumas coisas eu tinha percebido outras que você comentou nem tinha notado. Assisti muitos desenhos americanos e animes. Acho que os desenhos de hoje, não são tão bons como no meu tempo (para não dizer antigamente) kkkkkkkkkkkkkkk.

Ana Seerig disse...

Bah, Lyne, tu mostrou uma baita sacada nesse post. Nunca tinha parado pra olhar por esse ângulo, apesar de reparar no lado espiritual, digamos assim, dos animês...

Adorei!

Quero sim a continuação!

O Neto do Herculano disse...

E que venham as outras postagens.

Rebeca Postigo disse...

Gosto de animes...
Por justamente ter bem mais estória e base do que os desenhos americanos...
Adorei o texto!!!
Como a Ana disse, uma excelente sacada nesse post...

Bjs