Aquele que é indizível

Don't let me down, você cantou. Don't let me down, pediu-me. Don't let me down, clamou.
Prometi, pois, vacilante, que não a decepcionaria. Nunca. Estupidez colossal, a minha! É sabido que o ser humano tem dentro de si o potencial de errar, e, ora, eu sou um ser humano! Cedo ou tarde, iria tropeçar em minhas próprias ideologias, concepções, teorias, bons costumes, boa educação e... nas promessas que fiz a ti. Eu não erro por uma espécie de esporte, de mania, de compulsão. Não é intencional, é de modo instintivo, animalesco.
Pequei, querida! Pequei contra ti, mas sobretudo contra mim mesmo ao prometer algo tão pesado, tão incumprível.
Serei-te sincero como nunca antes, escuta-me, pois: eu não sei bem definir o que é o amor, contudo penso que amar não é nunca decepcionar. Amar é outra coisa, algo maior, mais complexo, indizível, sabes? Amar é estar perto, tanto em momentos de júbilo quanto em melancólicos. Amar é querer bem, cuidar, guardar, atemporalmente, o ser amado dentro desse músculo pulsante chamado coração. Escusa-me pelas obviedades e clichês que até agora disse. É que desconcerto-me por inteiro quando tento falar de amor. Amar é tão mais do que eu consiga enumerar. O amor pede lealdade. E eu sempre fui leal a ti, sabes bem disso. Reconhece, amor, que apesar das minhas quedas, volto a ti, francamente, como um cãozinho que fez bobagem e que ansia por perdão e colo.
Perdoa-me por ser humano e aceita-me novamente em seus braços doces.

Sempre seu,
Hugo.

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Acabam de conhecer a minha face
pseudo-contista melodramática.
Perdoem-me desde já pelos
excessos e incoerências.
Um abraço da Erica,
a desvairada.
Até próximo sábado!

1 comentários:

Ana Seerig disse...

Tudo que posso dizer é usando da música do Identidade:

"Escreveu alguns poemas inspirados em John Lennon e libertou seu coração"

Mas não vou me apegar à inspiração em Lennon.