Pecado?!

De que forma uma pessoa perde, digamos a virgindade? Nós temos a tendência a achar que é quando há envolvimento sexual com outra pessoa, mas será que é mesmo? E nisto lembro-me do livro da “Bruna Surfistinha” (Raquel Pacheco) quando ela diz que: “Há varias formas de se perder a virgindade”... E eu digo que a primeira delas é com os pensamentos. Porque, vocês vão me perdoar, mas, todo adolescente da primeira fase, mesmo que minta, pensa nisto e com uma freqüência absurda, o quê ocasiona uma ruptura com o “véu infantil de pureza” do qual acreditam que as crianças são envolvidas. 

E aí, faço outra questão: Por que às vezes somos tão fechados quando o assunto é sexo? O ser humano em si também é um animal (em termos biológicos), o que nos diferencia é a capacidade de racionalizar e outra série de componentes dos quais os outros animais não possuem. Partindo disto, sexo seria algo natural, então por que muitas pessoas ainda o enxergam como tabu?

Porém, nossa geração tem a tendência a achar que tudo hoje é prazer e que por isso deve ser anarquizado. Não é porque algo seja natural que vamos banalizar. E não é porque temos mais tecnologia e meios de proteção que nos tornamos mais inteligentes que nossos pais, pois, se hoje nossa geração faz mais sexo, nossos pais faziam mais amor, ou pode ser o contrario, “tudo” é uma forma de convenção. Mas o que quero dizer é: Se atualmente existem tantos meios contraceptivos e informações por que os números de DST’s vêm aumentando, sobretudo nas classes mais baixas? E que medidas sociais e conscienciais estão sendo tomadas para manter o controle sobre elas?

Não... Eu não enxergo sexo como pecado, mas sim como algo natural que possui diversos lados e formas de abordagem, principalmente no que diz respeito a doenças e gravidez fora de hora. E outra, que para mim, perversão não é falar e praticar ato sexual, mas sim se remoer por dentro pensando uma série de besteiras e se esconder atrás de uma cortina de: “eu sou santo”. 

A pedido da Erica Ferro, por isso, dedicado a ela.