Enquanto as pessoas escondem de si mesmas entre multidões, ela escolhe a  quietude e não se importa em caminhar no silêncio notando outros  mundos. Com os mesmos olhos da inocência e a imaginação da meninice  preservados dentro de si. Para ela que aspira emoções, viver é  reconhecer as reações e sensações alheias. E cada passante torna-se  personagem - de expressão bem delineada à alma explícita. O que lhe  proferem talvez lhe caia no esquecimento, mas o que seus próprios olhos  veem parece absorver na memória cheia de porquês ou gravados até no  cerne com um calafrio ou um acalanto. E das franquezas da realidade ela  separa, como quem separa o joio do trigo, o que dá para ser aproveitado.  Porque as palavras lhe saem tão bonitas que até a tristeza se enfeita e  o sentimento tão frouxo se ajeita. Ou é ela quem mantém sua  simplicidade à vista de todos mostrando o quão doce a vida pode ser, ou  ela se permite entregar a seu verdadeiro lugar... Por lá ela pode criar e  reinventar, o que a realidade não pode apagar ou consertar. O seu lugar é entre as palavras e, por isso, ela não se esconde, não se define e não se contém.
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Repostagem lá do meu blog, estava sem tempo, inspiração, mas agora estou oficialmente de férias. Então, semana que vem algo inédito e legal para vocês lerem!










 





 
 
 
 
 


1 comentários:
Ela têm o seu próprio mundo,onde não precisa se definir. Amei o post,me vi nele ^^
Beijos
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