Resenha: Mentes Perigosas, de Ana Beatriz Barbosa





Editora: Fontanar
Autora: Ana Beatriz Barbosa Silva
Páginas: 210
Avaliação: ✭✭✭✭✭ Bom!





“Lobo na pele de cordeiro.”

Assim são caracterizados os sociopatas/ psicopatas. Aparentemente ninguém os nota, mas em suas ações ficam claras como são suas personalidades: egocêntricos, frios e cruéis. Mentir, manipular e enganar são atitudes corriqueiras. De forma calculista, posteriormente, são incapazes de sentir temor ou arrependimento pelo que cometeram. São pessoas que não possuem consciência, ou melhor, não têm a capacidade de sentir (sensibilidade/ sentimentos). Ou seja, são totalmente racionais.

No livro Mentes Perigosas, a autora Ana Beatriz Barbosa Silva descreve como a psicopatia se manifesta desde o nível mais leve, onde o portador apenas se mostra insensível e manipulador como se fosse um “sugador de energias”, atingindo aqueles que o rodeiam e os fazendo de vítimas; até o nível mais grave, o qual matar se torna um prazer. Ela relata como estamos cercados de pessoas com desvios de caráter, de má índole e traça as várias facetas que os mesmos utilizam para fisgar suas vítimas.

A psicopatia não é uma escolha como muitos pensam e, sim, uma doença. Comprovada que não existe cura. Mas o meio pode sim influenciar e dependendo da intensidade em que se manifesta, a pessoa pode aprender a lidar e controlá-la.

Ponto positivo: para quem gosta de estudar comportamento humano esse livro é para você. Mas não se detêm aos estudantes de psicologia, o indico para todos. Pensei que fosse encontrar muitos termos técnicos, porém até quando o tem, outra aqui, ou acolá, a autora soube explicar de forma simples. Tornando o livro até de linguagem fácil. E o interessante é que ela exemplifica os capítulos utilizando casos conhecidos que provocaram grande alvoroço para a mídia e sociedade.

Ponto negativo: prepare-se para diagnosticar muitos psicopatas. rs Você vai ficar meio neurótico, mas depois passa.

5 comentários:

Jeniffer Yara disse...

Tive um colega que estava lendo esse livro, nunca me interessei em saber do que se tratava, pensei que fosse mais um livro de ficção ou algo parecido,lendo sua resenha percebi que não é isso e que é realmente interessante, apesar de não fazer muito meu estilo de livros que gosto de ler.

Beijos

Érica Ferro disse...

Quando eu soube da existência desse livro, fiquei muito interessada nele (adoro estudar o comportamento humano). E a psicopatia é algo interessantíssimo de se estudar, mesmo porque é uma doença misteriosa, ninguém sabe explicar direito o que faz alguém nascer psicopata. Quero dizer, ao que parece o psicopata não escolhe ser psicopata (ele nasce incapaz de sentir culpa, amor ou qualquer outro sentimento bom pelo próximo), e nós não podemos ter pena dele por ele ser assim, já que ele não titubearia em acabar com a nossa vida caso estivêssemos atrapalhando a dele de algum modo.
O poder de manipulação que os psicopatas, sem dúvida, é muito eficiente (até admirável).
Incrível como um psicopata induz alguém a fazer uma determinada coisa e esse tal alguém, no fim das contas, acaba se convencendo de que a ideia sempre foi dele, e não de quem induziu. Não sei se me fiz entender, é que hoje estou meio enrolada.
Confesso que fiquei meio decepcionada com o livro, porque achei que fosse descobrir muito mais sobre a psicopatia ao lê-lo, mas não acrescentou muito ao que já sabia sobre o tema. Mesmo assim, foi uma leitura interessante.
Sem falar nos tantos psicopatas que fui descobrindo ao longo da leitura. Sem dúvida, os psicopatas moram ao nosso lado. Convivem conosco diariamente e, como são lobos na pele de cordeiro, geralmente são bem queridos por nós (um perigooo! haha).
Por isso que identificá-los é tão importante pra já ficarmos preparados para o bote e, de algum modo, nos safarmos dele.

Estou adorando as suas resenhas, Bárbara, SUA LINDA!

Cris Medeiros disse...

Tenho muita vontade de ler esse livro, adoro o assunto.

Beijocas

Ana Seerig disse...

Na escola em que estagiei, tinha um aluno psicopata. Os dois ou três anos que tive contato com ele, só comprovaram isso. Não houve nada diagnosticado, por desinteresse da família. Aí, o que se pode fazer?
Já sou meio neurótica com análise de pessoas, não sei se seria saudável ler esse livro...

Babi Farias disse...

Erica, também achei que por muitas vezes a autora se fez repetitiva. Realmente, não é um livro que analisa tanto. Traz o assunto superficialmente, mas que já é de grande ajuda para quem não tem embasamento no tema.

Ana, leia e fique mais um pouquinho neurótica. haha Então, a assistência pedagógica não tratou do assunto diretamente com os pais não?! Eu, hein... Infelizmente, os pais são sempre aqueles que acreditam que é apenas "malcriação".

Jeny também não sou fã desse gênero, mas como estou muito animada esse mês para a leitura, adorei variar.