Estilos musicais e personalidade


Passei a semana passada inteira a base de música sertaneja, e como vocês sabem para uma roqueira isto não é algo comum, mas eu estava nas ondas da experimentação, então tanto faz. Foi bom curtir algo diferente e descansar meus ouvidos neste meio tempo e acho que vale a pena respeitar o que não nos é de costume. Entretanto, nada melhor do que voltar ao bom e velho rock and roll. Será?

Mas há algo que vocês não sabem... Antes de ser roqueira, nos auge dos meus 14 anos, eu era fã de música sertaneja, principalmente de “Leandro e Leonardo”, tanto que por um fio não fiz minha mãe montar toda a coleção de cd’s deles para mim. Acho que sou vira folha afinal, pois nem ouço mais os meus cd’s. Porém, estes sempre me arrancam um sorriso, uma vez que me fazem lembrar quem eu era quando criança. Uma fase legal que veio e passou.

Assim como, boa parte das minhas amigas que até hoje não entendem o porquê de eu não haver criado/participado de uma banda musical de garagem nos tempos de escola. E o segredo é simples: Eu já tinha uma vida escolar complicada de mais e tocar instrumentos musicais requeria dedicação e paixão. Entretanto, esta é uma das coisas que me chateio por não ter feito, pois quando se é adolescente a gente tem a sensação de que pode tudo, e à medida que vamos crescendo isto vai se perdendo pelo caminho. Porém, criar as minhas próprias músicas já me é um começo interessante.

É engraçado, as pessoas acham que sertanejo e rock and roll são dois estilos musicais que não tem muito haver um com o outro, mas é interessante notar como são parecidos, e quão sentimentais podem ser. Mas eu precisei encontrar o rock para poder construir minha identidade, ou seja, conciliar meu lado rebelde, mas agora, anos depois, percebi que estes dois retratam muitas emoções dentro de mim, emoções contraditórias de simplicidade e obscuridade, e que é legal aceitar isto. De fato, começo a entender.

Há um amigo meu que só me chama de Joan Jett, e outra amiga que usa Alanis (de Alanis Morrissett) para se dirigir a mim na faculdade, e na semana passada meu tio me disse que eu tenho o jeito simples da Paula Fernandes. Claro, são comparações e deduções fora de noção, mas que nos servem de referência para algo externo. Entretanto não retratam quem somos realmente. E acho que nunca conseguirão.

O rock revela minha personalidade mais séria e me faz inspirar as mais loucas vontades de superação, já o sertanejo me lembra de como é bom ir ao campo, visitar as fazendas e de ar puro. Não vou dizer que um é melhor ou pior do que o outro, só irei respeitar e seguir em frente, aprendendo a deixar passar.

P.s: Outro estilo musical que eu também gosto é “forró pé de serra” e um pouco de música eletrônica. Mas isto é outro assunto... Boa semana pra vcs e se cuidem!!! Até.. 

*Imagem do site: http://ultradownloads.com.br

3 comentários:

Mia Sodré disse...

Entendo perfeitamente essa sua conciliação entre sertanejo e rock. Cresci ouvindo Leandro e Leonardo, sei praticamente todas as músicas de cor, mas só fui realmente me "encontrar" no rock (de preferência clássico, ainda mais se for Queen).
Hoje mesmo ainda estava cantarolando Leandro e Leonardo, mas não paro mais para escutar como fazia quando era menor.

E música molda um pouco da personalidade, sim. Mas nem tanto. Afinal, escutamos conforme nos identificamos, portanto já há um fator comum.
Enfim... gostei de ler sobre isso.

Beijo!

! Marcelo Cândido ! disse...

Rock realmente é para quem tem bom gosto musical, mas esses hits mais "populares" é como se nos atraíssem, todo mundo tem o rabo preso com um forró animado, até mesmo com uma canção 'pop'
hehe

Pandora disse...

Eu amo a música simples produzida no interior dos diversos estados do país, amo a música tipica gaúcha (Cesar Passarinho #ParaSempre); o forro pé de serra da minha terra e música sertaneja... Estou em paz com isso... Claro que não vivo escutando sempre (tá Cesar Passarinho eu vivo), mas as vezes a gente quer ouvir algo então vai lá e escuta!!!