Despedida

Sentou-se no banco de sempre, pela última vez, e pôs-se a observar. 
Pessoas iam e vinham. Algumas apressadas, outras olhando para os lados distraídas. Que problemas elas levavam consigo? Quais alegrias? E os sonhos. Não queria lamentar por si, acreditava que havia quem sofresse mais, mas seriam maioria? Talvez não.
Já não tinha certeza de nada. Não sabia se tinha feito tudo como devia ou se falhara em demasia. Não sabia se tinha suportado demais ou se estava fugindo covardemente. Tinha tanto medo quanto orgulho, se sentia forte e, ao mesmo tempo, sem força alguma. A única certeza era que as lágrimas rolavam com mais facilidade do que até então. 
Sentia as costas mais pesadas do que nunca. Cansaço, esse também era certo. Cansaço espiritual e físico. Cansaço. Era dele que queria escapar, era dele que fugia. 
Deu uma última olhada ao seu redor. Sorriu de alegria e tristeza. Levantou-se e se foi.
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