“Há poucos dias atrás
(17.09.13) eu li um livro que literalmente me fez pensar na vida... De como nos
fazemos de forte, mas às vezes caímos e não levantamos mais... Tipo, a gente
pode morrer às vezes em um segundo. Tudo acaba... Eu percebi o quanto a vida é
frágil, e esse livro me ensinou um pouco mais sobre como é ter câncer e viver
numa família que tem algum membro sofrendo com a doença... Viver com câncer é
como se você fosse uma granada, porque um dia você vai explodir e querendo ou
não os fragmentos dessa granada atingirão seus entes queridos (pais, amigos,
namorado) e eles viverão com isso para sempre, porque esses fragmentos não
podem ser retirados, eles sentirão essa dor porque você deixou sua marca, você será
lembrada por eles, não só como uma guerreira que lutou contra uma doença
incurável, mas será lembrada como uma garota que era cheia de sonhos e que
viveu o máximo que a vida podia dar... É assim que vc será lembrada, como uma
pessoa amada e que nunca vai desaparecer, apesar de ter ido para um mundo onde
ninguém pode te seguir no momento”...
Allycia Duarte.
XXX
Esse texto é da minha irmã
caçula, e ela o escreveu depois de ler o livro “A culpa é das estrelas” no ano
passado. Não, eu não vim até aqui com esse pequeno post promover os dotes literários
da minha irmã ou alguma coisa parecida. Eu vim até aqui mostrar para vocês palavras
que me comoveram um dia desses, em um momento qualquer. Sabe aquelas horas que você
começa a arrumar o seu quarto e se depara com folhas de papel enrolada, mas
antes de joga-las fora tem a curiosidade de olha-las? Foi exatamente o que eu
fiz. E não me arrependi em nenhum momento de tê-lo feito, porque nelas tinham
essas palavras e algumas manchas d’gua, que mais tarde vim saber, que eram lágrimas.
Lágrimas da pessoa que eu achei na minha vida que nunca fosse capaz de chorar
por algo tão simples quanto um livro, mas que chorou por uma historia que vale
muito apena ser lida, segundo ela. Eu nunca li um livro sequer de John Green,
então não posso dizer do que se tratam os detalhes da história, mas sei o que é
o câncer, e também sei que minha irmã sabe o que é, e de quantos membros da
nossa família ele já levou. Vê-la falando sobre isso me deixou orgulhosa, e com
uma sensação de que “nossa, ela cresceu, e já sabe falar de assuntos delicados”,
mas que também não está alheia aos problemas dos outros, e que mantem sua
humanidade em um lugar intacto, entre outras coisas. Bom, sem mais delongas,
espero que vocês tenham gostado. Beijão e bom lava pratos de carnaval pra vcs!
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