Foi devagar que aconteceu. Ela ia percebendo, aos poucos, a dificuldade de ser o que era, do que queria ser. O mundo exigia cada vez mais. Sorrisos são bem mais fáceis de aparecerem do que lágrimas de desgosto. A verdade, para ela, é que a felicidade era mais fácil de ser fingida do que a honestidade das lágrimas que guardava dentro de si. Do que a mágoa que se acumulava disfarçada em sorrisos e conversas sem pesos e, em sua maioria, sem seriedade. O rosto sereno era treino, aprendera a ser assim, uma vez que o abismo que se abria em seu peito não era bem visto pela sociedade. E foi assim, adestrada pelo mundo e suas exigências que ela ia aprendendo a ser o que não era e, consequentemente, ia aceitando e se acostumando com algo que não lhe pertencia.
Era um problema sua sinceridade, sua honestidade. Era um problema seu mundo de pequenas lembranças inesquecíveis. Era um problema o dia do mau humor, e o dia do humor elevado. Na realidade, era um problema ser quem era, o que sentia, o que pensava.
Percebeu que uma pessoa como ela não era bem vinda num mundo de aparências. E concluiu que não pertencia àquele lugar. Devia ser de Marte, Júpiter, nascera nas estrelas. Seus sonhos não eram segredos, suas ambições não era anormais, seus sentimentos... Estes ela sabia que todo mundo sentia, mas encontravam-se disfarçados em sorrisos e xícaras de chá. Não, não era ela a anormal. Era o mundo irreal, de fingimentos e aparências.
Honestidade, sinceridade, mau humor não são itens listados na página de pecados. São itens esquecidos pelo mundo, uma vez que não se pode ser quem é porque é, e porque quer. E sim quem não é porque precisa ser, visto que o mundo pede mais, e quem pede, no fundo, não sabe porque pede. Ela ainda se perguntava: onde tudo aquilo ia parar?
Era um problema sua sinceridade, sua honestidade. Era um problema seu mundo de pequenas lembranças inesquecíveis. Era um problema o dia do mau humor, e o dia do humor elevado. Na realidade, era um problema ser quem era, o que sentia, o que pensava.
Percebeu que uma pessoa como ela não era bem vinda num mundo de aparências. E concluiu que não pertencia àquele lugar. Devia ser de Marte, Júpiter, nascera nas estrelas. Seus sonhos não eram segredos, suas ambições não era anormais, seus sentimentos... Estes ela sabia que todo mundo sentia, mas encontravam-se disfarçados em sorrisos e xícaras de chá. Não, não era ela a anormal. Era o mundo irreal, de fingimentos e aparências.
Honestidade, sinceridade, mau humor não são itens listados na página de pecados. São itens esquecidos pelo mundo, uma vez que não se pode ser quem é porque é, e porque quer. E sim quem não é porque precisa ser, visto que o mundo pede mais, e quem pede, no fundo, não sabe porque pede. Ela ainda se perguntava: onde tudo aquilo ia parar?
Letícia Christmann
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Letícia Christmann, assim como eu, é amante das palavras. E como vocês puderam perceber, escreve lindamente; tem uma sensibilidade notável; uma visão aprimorada do mundo e das pessoas. Christmann também é minha amiga (virtual, mas tão real - ou mais - quanto qualquer outro que eu veja todos os dias). É estudante do curso de História. É paulistana. É devaneada. É uma guria tri arretada!
3 comentários:
Texto lindamente escrito, mesmo!
O que dizer? A Dayane comentou com perfeição, seu texto está lindo!
Certamente que "Sorrisos são bem mais fáceis de aparecerem do que lágrimas de desgosto."
Honestidade e sinceridade parecem ser valores sem valor no mundo, isso é meio trágico... Não é a toa que é tão fácil se sentir perdida, talvez seja mesmo melhor se perder na vida do que se achar em um mundo onde sinceridade e honestidade seja um problema!
este texto é lindo mesmo! assino em baixo das duas acima. bjosss e se cuide!
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