Era uma vez Playcenter

Foi na adolescência que eu fui pela primeira vez no Playcenter, com a excursão da escola. Tinha por volta dos 12/13 anos. Lembro da felicidade quando minha mãe disse que eu poderia ir (ingressos caros naquela época, não que hoje sejam baratos), e da ansiedade em ajeitar as coisas para levar. As coisas eram a mochila com os lanches,  a câmera fotográfica, o dinheiro para comprar algo por lá, os óculos de sol (não gosto, mas em passeios é válido).
E no grande dia, levantei bem cedinho, na verdade fico tão ansiosa quando tenho que acordar cedo para viagens e excursões, que mal durmo. Fomos para a porta da escola pegar o ônibus de excursão, sempre com o medo de atrasar e perder o passeio. Brincadeiras, cantoria e pessoal comendo os lanches antecipadamente, quem nunca?
É uma delícia a expectativa e a experiência boa de ir em um passeio com os amigos, ainda mais para um adolescente. Certamente quando eu tiver meus filhos (não que eu deseje isso, by the way), farei o esforço que for necessário para que não percam nenhuma excursão, cultural ou não, e para que sempre possam viajar e explorar o mundo.
Ir no Playcenter, ou qualquer outro parque de diversão para mim é isso: explorar um outro mundo.  Um mundo onde a regra é brincar, quanto mais adrenalina sentir melhor, um mundo em que a única disputa é quem será o mais corajoso que vai no brinquedo mais radical.
Mas agora meus amigos, o Playcenter chegou ao fim. Dia 29 de julho fará jovens e adultos sentirem frio na barriga pela última vez, após 39 anos de funcionamento.  Em seu lugar, nascerá um novo parque, mas dessa vez exclusivamente infantil.
Confesso que fiquei triste, não queria que o Playcenter fechasse, por mais que muitos achem um parque bem ruim (um beijo para você que foi para a Disney e voltou achando que descobriu o paraíso), mas acho que todo parque de diversão é válido, exceto claro, aqueles de esquina com brinquedos enferrujados.
Playcenter foi o parque que EU mais utilizei na minha adolescência, pois só fui ao Hopi Hari à pouco tempo. Foi no Playcenter que eu fui na minha única “noites do terror”,  e pude me sentir no meu próprio The Walking Dead. Foi lá que eu paquerava e era paquerada. Foi lá que eu quase infartei no barquinho Vicking e pedi para sair, o maior mico da minha vida. Foi lá que pela primeira vez senti adrenalina de girar suspensa no alto envolta em armações metálicas. Foi lá.
Agora para você que assim como eu vai sentir falta do Playcenter, só resta tentar aproveitar até o dia 29 e guardar as fotos dos momentos que passou por lá =(

@PetitDay

2 comentários:

! Marcelo Cândido ! disse...

Eu fui nesse lugar em 2003... 6°série, só fui em 2 brinquedos aquéticos: Splash e Waimea(é assim que se escreve?)

Vinícius disse...

Noites do terror...Pois é, eu fui.Não tenho mais as fotos.Pena...Boas lembranças.
Me bateu a maior nostalgia lendo esse post...